quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O CARA É O REI

Fiquei parada em frente à TV, ontem, por cerca de duas horas... E prestando atenção. Antes disso – fiquei emocionada durante duas horas.

Foi a primeira vez que assisti um especial do Roberto Carlos. Nos anos anteriores havia apenas olhado, mas ontem não, ontem eu realmente assisti. E cantei. E chorei. E sabe o que é mais engraçado? Eu fiquei com uma vontade imensa de viver um monte de amor, vários, um de cada jeito, exatamente pra poder cantar cada música daquela com algum significado. Não, pensando bem, não precisa ser um monte de amor, não... Pode ser um só, mas que passe por tudo aquilo lá, que ele canta nas suas letras.

O fato é que eu realmente fiquei apaixonadinha por ele. Apaixonadinha pelas letras. Apaixonadinha pelo romantismo, enfim. E olha que não sou dada a canções “água-com-açucar”, mas é que todas são de uma ingenuidade tão grande, de uma afetividade tão grande, que eu até me senti capaz de um dia, quem sabe, sentir tudo aquilo lá que ele cantou. Me senti capaz, e tentada, a sentir.

Cada verso cantado por ele transformava-se em declaração de amor. Se fosse há algum tempo atrás eu até diria:

- Mas que musiquinha mela-cueca, hein? (com o perdão da palavra “musiquinha”...)

Mas ontem não, ontem eu delirava a cada “nunca se esqueça, nenhum segundo, que eu tenho o amor maior do mundo” ou então “Você não sabe, mas é que eu tenho cicatrizes que a vida fez”... Fiquei lá, paradinha, prestando atenção em cada verso. “Sete vidas tenho pra viver, sete vidas tenho pra vencer” “e na estrada de Santos, eu não vou mais passar”... “Foram tantas emoções...” E eu lá, curtindo o Robertão.

Pela impressão de ontem, que não podia passar incólume, eu fiz um esforço de escrever. É sério, o tal do “escrever” tem me sido uma tarefa árdua. Segundo a Maria é o “meu deserto”, e pra ele, o deserto, eu até dediquei post – “Deserto em mim”. A Maria sabia bem do que estava falando.

Enfim, é isso. Só posso agradecer ao Robertão por ter me proporcionado uma visão completamente diferente da que tinha. Ai ai... “Amanhã de manhã, vou servir um café pra nós dois...” Quem sabe um dia...? Quem sabe.

4 comentários:

Anônimo disse...

o cara NÃO é pretensioso ... creio que esse é o "X" da questão... quem sabe por esse motivo os musicos populares brasileiros e os intelectualoides a la chico buarque são blasé em relação ao robertão ... esses (os emepebistas intelectualoides) são soberbos e não menos mela cuecas... that's all "folklore"... and that's all falks... trocadilho besta rsrsrsr

Prensada disse...

eu "amo" As Curvas da Estrada de Santos, que parece feita prá mim.
Nasci lá, naquela cidade besta.
E lá, deixei uma amor que eu tive...tantas emoções =)

Lu disse...

Eu também gosto de algumas músicas. Mas vamos combinar que quando não é ele quem canta é bem melhor hein...

Maria Bethânia cantando "hoje eu ouço as canções que você faz para mim..." é tudo.

Mas ver especial de natal da Globo não dá! :-)

Maria Cláudia S. Lopes disse...

quem sabe....? será que em algum lugar as três Moiras que tecem o "destino" podem informar....e que graça teria saber até o que vamos comer no outro dia....ai ai....essa mania de dramaturgia...deus me cure disso! ufa....mas enfim...os cafés são sempre bons...e o que é bom é bom e pronto.