Os dias andavam feios, cinzas e chuvosos. Um friozinho até gostoso, mas que desacompanhada só servia de incentivo ao meu mais novo hobby: descobrir e classificar meus vinhos prediletos. A vista do quarto, através daquela janela imensa, só mostrava uma neblina fininha, mas que de tão fina tomava todo o horizonte. Ao longe apenas umas luzes, poucas, daqueles prédios mais altos e mais iluminados. O relógio do Conjunto Nacional, lá ao longe, na Paulista, já não aparecia mais, e aquela torre da TV digital, toda colorida e convidativa, só aparecia vez ou outra, quando as nuvens, temporariamente, deslocavam-se do seu redor.
Ontem você conheceu a vista que tenho do meu apartamento. Todas as pessoas que conhecem se encantam por ela. Confesso que algumas vezes usei-a como pretexto para convidar pessoas interessantes a conhecerem a vista da cozinha, e do meu quarto... Mas ontem não, ontem a noite estava feia, e se o motivo do meu convite fosse conhecer a vista e suas particularidades, provavelmente isso não teria “colado”. Ou melhor, se esse fosse o motivo, o tal convite nem teria sido feito. Ontem o meu convite foi sincero, de coração, e carregado de saudade. Queria muito que você conhecesse meu canto, meu recanto e o que chamo, agora com orgulho, de lar.
Convite aceito fiquei, então, à sua espera. O vinho em uma das mãos era o adereço perfeito para a noite. Mas uma coisa não estava legal: o tempo feio, cinza e nublado não me deixaria lhe mostrar a vista pela qual me apaixono a cada vez que a contemplo. Mostrei-te a vista da cozinha, e, é, estava bonitinha. Fomos para o quarto e o mais interessante foi o beijo que ganhei, quando estava juntinho à janela, tentando lhe mostrar uma luzinha que fosse. Estrelas eu sabia que não haveria, e da lua já havia desistido... Ficamos então com nossa conversa, nossos amassos e as confidências de saudades... Decidimos, depois de algum tempo, uma vez mais olhar para o céu na esperança de contemplar uma estrelinha que fosse, e qual a nossa surpresa? A lua estava lá, linda e majestosa. Reinando na noite, agora sem nuvem alguma, e rodeada de estrelinhas brilhantes e sorridentes. Sorriam para nós. Convidavam-nos para adentrar a noite linda que se anunciava.
O céu abriu, as nuvens se foram, a lua brilhou, iluminou nosso quartinho, as estrelas piscaram e eu fiquei assim, besta, escrevendo coisas bonitinhas e acreditando que essa noite foi desenhada especialmente para nós...
Ontem você conheceu a vista que tenho do meu apartamento. Todas as pessoas que conhecem se encantam por ela. Confesso que algumas vezes usei-a como pretexto para convidar pessoas interessantes a conhecerem a vista da cozinha, e do meu quarto... Mas ontem não, ontem a noite estava feia, e se o motivo do meu convite fosse conhecer a vista e suas particularidades, provavelmente isso não teria “colado”. Ou melhor, se esse fosse o motivo, o tal convite nem teria sido feito. Ontem o meu convite foi sincero, de coração, e carregado de saudade. Queria muito que você conhecesse meu canto, meu recanto e o que chamo, agora com orgulho, de lar.
Convite aceito fiquei, então, à sua espera. O vinho em uma das mãos era o adereço perfeito para a noite. Mas uma coisa não estava legal: o tempo feio, cinza e nublado não me deixaria lhe mostrar a vista pela qual me apaixono a cada vez que a contemplo. Mostrei-te a vista da cozinha, e, é, estava bonitinha. Fomos para o quarto e o mais interessante foi o beijo que ganhei, quando estava juntinho à janela, tentando lhe mostrar uma luzinha que fosse. Estrelas eu sabia que não haveria, e da lua já havia desistido... Ficamos então com nossa conversa, nossos amassos e as confidências de saudades... Decidimos, depois de algum tempo, uma vez mais olhar para o céu na esperança de contemplar uma estrelinha que fosse, e qual a nossa surpresa? A lua estava lá, linda e majestosa. Reinando na noite, agora sem nuvem alguma, e rodeada de estrelinhas brilhantes e sorridentes. Sorriam para nós. Convidavam-nos para adentrar a noite linda que se anunciava.
O céu abriu, as nuvens se foram, a lua brilhou, iluminou nosso quartinho, as estrelas piscaram e eu fiquei assim, besta, escrevendo coisas bonitinhas e acreditando que essa noite foi desenhada especialmente para nós...
2 comentários:
Oi oi Bruna,
Esse seu texto tão delicado me tocou bastante.
Ele me evocou alguns momentos de minha vida, em que via uma metrópole fria e distante da janela do apartamento. E, dentro de mim, um coração que palpitava por uma saudade ardente.
Muito obrigado pelo texto.
Abraços,
Lelec
não sei onde me esconder e como rogar desculpas... honestamente peço desculpas coisas q ferem canones corroem a alma ...lamentável atuação de um protetor ... ó a senha ta na arma do lado do cadaver! :-) confisão d 1 acidioso pater...
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