Sou o que sou, não o que você vê. Sou um pensamento, um risco no imaginário, um relance de luz que entra pelo vão da porta no meio da noite... Sou um mistério. Não tenho perfil pois sou todos eles. Sou todas as caras, todas as silhuetas. Sou uma imagem mal refletida, sou uma ilusão. Sou aquilo que querem que eu seja. Sou o que quero ser. Sou mutável, pedra que rola, água que corre. Sou todos os seres em um, e ao mesmo tempo um ser em todos. Sou assim hoje, amanhã posso ser nada. Sou todas as vontades, e todos os gostos. Sou o tempo no espaço, mas não o espaço no tempo. Não sei ao certo quem sou. Eu sou o outro.
Escrito no Inverno de 2007.
Um comentário:
Humm...Gostei disso!
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