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Quando me mudei pra Sampa, e até há bem pouco tempo atrás, eu poderia ser classificada, facilmente, como uma "notívaga". Dormia tarde, rendia melhor a noite, escrevia nas madrugadas, curtia baladinhas e, como boa notívaga, odiava pular cedo da cama. Odiava... Pois bem, os tempos mudaram e eu, como boa adepta das mudanças que sou, mudei também. É claro que as noites, as madrugadas, continuam me inspirando, não duvido disso. (Aliás, se por um acaso dos mais acasos, um livro, ou qualquer coisa que se assemelhe a isso, sair aqui de dentro da minha caixola, tenho certeza que ele será concebido nas madrugadas frias da barulhenta São Paulo). Mas fato é que dia desses aí pra trás comecei a prestar atenção nos meus hábitos. Botar reparo mesmo. Estou agindo como se fosse uma espectadora de mim mesma, e por causa disso notei uma série de atitudes que venho tomando e que já fazem parte da minha vida. Foi aí que comecei a questionar: serão essas atitudes fruto da minha maturidade? Serão apenas uma mudança de hábitos mesmo? Indo além, poderia pensar que podem ser as duas coisas alinhadas. Mas enfim... não era nem isso que eu queria dizer. Queria dizer, mesmo, é que andei me flagrando acordando cedo. Eu, que sempre fui da opinião de que acordar cedo era um saco, um desperdício de sono, uma afronta com o horário mais gostoso pra se estar na cama, me peguei pulando da cama às oito da matina em pleno e friorento sábado! Eu, euzinha, que tinha asco de ouvir passarinho cantando na minha janela (porra, isso aqui é São Paulo, e não... sei lá... Pindamonhangaba!), me peguei saltitando toda faceira às oito da manhã de um... sábado! SÁ-BA-DO! Só posso estar ficando maluca! Tsc tsc...
Então... (o famoso "então" paulistano) era isso que eu queria dizer: no meu blog (quase)diário de confidências, vim aqui pra dizer que tomei gosto pelas manhãs da capital e..., bem..., já que estamos aqui mesmo, aproveito a oportunidade pra dizer que meu último post, o do "mal intento", é falso, um embusteiro: a única verdade contida ali é que estou fazendo aulas de canto mas, ao contrário do que ele diz, eu não ando sentindo falta de ninguém... Na verdade eu até gostaria de sentir saudade de alguém, fazer aquele drama básico típico de pessoas sentimentalóides, etc... mas no fundo o que eu queria mesmo era um motivo "digno" pra postar aquela música que eu acho o máximo (Jorge Drexler, salve salve!)... E tem mais: estou tão bem com meu umbigo que até pensei em pedí-lo em casamento. Acreditem se puderem (e quiserem).
4 comentários:
Eu entendo bem o sentimento que te levou a escrever esse post!
Eu, ao contrário de vc, dormia as 22 horas e acordava as 6, até nos domingos, de uns tempos pra cá eu comecei a trocar a noite pelo dia e agora, finalmente encontrei um meio termo, não dormir muito tarde e nem acordar muito cedo, quando for possível!
Beijos
um "Affff" tão paulistano quanto o seu "Então"...
Pô, "anônimo", esse Afff não tem nome? Será que esse Afff odeia tanto sampa assim?
quando a gente olha pra um lado não consegue olhar pro outro ao mesmo tempo...né?
eu sei como é....mesmo que vc não acredite e me pense como uma sentimentalóide....sei como é não sentir saudade de ninguém...sei como é sentir e mesmo assim estar bem consigo, e sei até como é sentir tanto e se esquecer de que é mesmo feito esse sentir...
não acho nenhuma dessas condições melhores nem piores...são estados do ser...não é mais bonito ou importante pensar que sentir...não é mais bonito ou importante se casar com umbigo em detrimento de se relacionar com alguém...apenas momentos distintos...porque de novo....não se pode olhar pruma direção quando a cabeça está olhando pra outra...anyway...
não entendi isso ainda mas alguma coisa em mim se incomoda quando vc zomba do sentimentalismo seja do que for...acho que porque sei que vc despreza isso em si mesmo....
sonhei com vc
abraço chatilda
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