Escrevi um texto enorme. Fiz uma catarse. Expus de forma clara e objetiva meu ponto de vista. Li o texto todo e no final decidi apagá-lo. E porque? Simples: porque pra alguém se tornar aquilo que é as fichas devem cair sozinhas. Como as minhas já caíram a respeito desse assunto, me reservo apenas no direito de dizer a quem interessar possa: leve a sério (muito sério) o quê, e quem, você é. Lute contra essa necessidade de ser aceito e reme a favor dos seus instintos. E não se prenda a julgamentos alheios, pois eles só servirão pra encher a boca, e as tardes vazias, de quem não tem mais nada a fazer a não ser cuidar da vida dos outros. Seja o seu melhor exemplo e nunca, mas nunca mesmo, busque a perfeição. E não se esqueça: respeite mesmo o que é ruim em você - e até o que você imagina ser ruim. E tome cuidado ao cortar os seus defeitos, pois você não sabe qual deles é o que sustenta seu edifício inteiro. (Clarice)
À parte disso tenho em mim todos os sonhos do mundo... e também toda a arrogância - fazer o que?
À parte disso tenho em mim todos os sonhos do mundo... e também toda a arrogância - fazer o que?
A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DE SER
(eu simplesmente adoro esse texto)
Há que se ter coragem para encarar os fatos de cara limpa e as conseqüências com dignidade. Há que se ter força para enfrentar as maiores adversidades, as mais cruéis, que a vida pode um dia resolver entregar. Há que se ter brio para admitir equívocos e “injustiças” praticadas de forma arbitrária. Há que se ter simplicidade para alcançar a excelência. Há que se ter caráter para ser responsável por qualquer coisa, mínima que seja. Há que se ter discernimento para enxergar diferenças, e há que se ter respeito para aceitá-las. Há que se ter estômago preparado e forte para praticar a sinceridade com seu próprio eu. Mas há, acima de tudo, que se ter amor, muito amor, para enxergar com clareza o que é a existência e mesmo assim continuar a longa caminhada, na fé de que a vida valerá todos os sacrifícios.
5 comentários:
Há que se ter brio para admitir equívocos ...
de parte a parte há ambiguidade... de parte a parte pregação de virtude...
Isso não é para você.
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa estar
ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda qual é melhor:
se é isto ou aquilo
Clarice Lispector
Anônimo,
O poema acima é de autoria de Cecília Meireles...
;-)
"Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...
Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens."
Vinicius de Moraes.
**** Por favor, perdoe meu erro publicado acima, tento me redimir com o poetinha****
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