quarta-feira, 28 de outubro de 2009

SAUDADE QUE (ME) MOVE

Quando dizíamos que o que se leva da vida são os afetos que cultivamos, em absoluto estávamos sendo levianos. Sabíamos, com o poder inclusive de afirmar com a tão temida certeza, que nada na vida é mais gratificante do que dar e receber amor. Sabíamos que amor gratuito, aquele que se cultiva com o que de mais puro existe no coração, seria sentimento raro de se encontrar em qualquer indivíduo que cruzasse o nosso caminho.

Não é preciso muita intimidade para se ter amor pelo outro. Não é preciso que hajam juras eternas para que o amor perdure por toda uma vida. E não é preciso que os olhos se encontrem diariamente para que esse amor não perca a sua chama vital – chama que cumpre com o papel de abastecer o outro de gratidão e paz. Porém, é necessário que de tempos em tempos esse amor seja celebrado. Não com festa e pompas, mas com cumplicidade e singeleza. Não com risadas escandalosas e trajes de gala, mas com sorrisos sinceros e roupas confortáveis. O amor não escolhe cara, mas escolhe coração.

Que tal um café para celebrarmos o amor despretensioso e genuíno?


4 comentários:

Anônimo disse...
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Daniel Braga Lee disse...

aiii, que lindo! Poucos são os que conseguem metamorfosear assim em palavras essas abstrações do sentimento humano... que afinal, é tão mais concreto quando é SENTIDO!

Viva la vida!

MiMi's disse...

Aceito o café para celebrar o amor desprentensioso e genuíno....
Concordo em genero e grau com tudo que vc escreveu!

Beijos

Unknown disse...

Olá, olha só, exemplar este que levarei para os dias e noites do meu viver. Realmente a questão oculta no teu belo texto parece ser "incondicinalidade". Há sempre uma condição no hoje para ter amado no ontem, para estar refletindo sobre isso agora e para reverberar isso amanhã. E há condições demais parece para aprovar o outro, para tirá-lo das sombras da insignificância e dar o significado que ele tem realmente no respirar e nas atitudes. Em uma cultura prevista como espetáculo social sem mais cumplicidade com o que chamamos de "humano", como existir incondicionalmente e aceitar o outro da mesma forma? O que se ostenta de poder e status definirá até quando pela maioria quem somos e o valor que temos?