Um sem número de pensadores, poetas, filósofos, compositores, "celebridades" e anônimos defendem a liberdade da maneira que lhe é mais conveniente (ou que lhe fale mais alto, intimamente).
Clarice disse: "Liberdade é pouco, o que eu quero ainda não tem nome". Para Nietzsche a liberdade não era mais do que a "aceitação consciente de um destino necessitante". O homem libertado de qualquer vínculo, senhor de si mesmo e dos outros, o homem desprezador de qualquer verdade estabelecida ou por estabelecer e estar apto para se exprimir a vida, em todos os seus atos. Lya Luft, em sua coluna na Veja, escreveu: "Liberdade não vem de correr atrás de 'deveres' impostos de fora, mas de construir a nossa existência". Fernando Pessoa defendeu que "a liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo". Einstein inverteu o sentido da palavra: "Não creio, no sentido filosófico do termo, na liberdade do homem. Todos agem não apenas sob um constrangimento exterior mas também de acordo com uma necessidade interior". E, finalmente, George Orwell escreveu o seguinte: "Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir".
Ando às voltas com o tema, e não é de hoje. Ouço por aí todo o tipo de gente bradar a respeito da tal palavra e com isso fazer dela a sua bandeira. E sim, eu estou inclusa em "todo o tipo de gente". Para mim, liberdade sempre foi poder fazer escolhas. Escolher, renunciar, deixar de escolher (o que também é escolha), mas sempre de forma consciente e que estivesse de acordo com meus princípios e valores. Pois bem... agora, os tempos são outros.
Desde que comecei a fazer análise (saí do café com leite da terapia comum e fui pro topo da "cadeia terapêutica" a fim de exterminar meus fantasmas internos), tenho me sentido uma verdadeira pateta. Rá! Quem me conhece sabe o quanto bati no peito, em toda a minha vida, o quão livre fui e sou (sou?), pois sempre procurei escolher o que melhor me conviesse. O mais engraçado: sempre achei que tudo o que escolhia era de forma consciente. (Pausa para o tapinha nas costas: aê, que engano mais cruel!). Continuo acreditando na liberdade de escolha e não vou discorrer sobre elas. Ou melhor, não vou discorrer sobre o ato de escolher. Uma mente que seja minimamente "livre" sabe que pode (e deve) fazer escolhas diuturnamente.
Hoje, penso o seguinte: mais importante (e mais libertador) do que ter a capacidade de "simplesmente" escolher, é poder viver dessas escolhas e nas escolhas. Claro que nada é imutável, e tudo o que foi escolhido hoje pode ser des-escolhido amanhã. Mas a questão principal é: eu vivo (feliz) nas (e das) minhas escolhas? Tcharãm!
E a partir dessa minha nova visão, comecei a pensar a respeito da qualidade das minhas escolhas e do quanto elas me libertam, ou me aprisionam. Portanto, de uns dias para cá, trago comigo o seguinte: escolher é para todos, viver bem com as escolhas é para uma minoria, mas escolher conscientemente algo, alguém ou alguma situação que nos tornará livre, e não mais escravos vivendo em função dessa escolha, é para quem tem uma coisa: CORAGEM.
E agora eu lhe pergunto: Coragem: qual é a sua?
Um comentário:
Ai, amiga linda! rs
Como vc me deixa feliz! rs
Que aproveitamento... Nossa!
E como me sinto privilegiada de não ter desistido de vc, de fazer questão de trazer vc de volta pra minha vida. Desde que que te li, pela primeira vez, ou melhor, vc se leu pra que eu ouvisse, percebi esta sua riqueza/dom.
Bem, desde este dia percebi seu dom com a palavra, mais que isso, seu dom e sua riqueza internas pra criar vida com qualidade.
Seu entendimento e leitura da vida e dos bens verdadeiros que nos dão felicidade!
Essa capacidade de escolha é um deles. E de se haver com as escolhas e poder, inclusive, "dizer não" a estas escolhas, quando demonstram que perderam o sentido, entraram em decadência, pois que encontrou-se riqueza, que pode ser espiritual, psíquica além de material, de mais valor. Enfim, riqueza mais valorosa e mais valiosa!
uau!
Estou feliz pacas e grata por mais este seu presente, este seu texto tão inspirado, que muito me ajuda a compreender à vida!
Vc me ajuda a desvelar a vida e até a mim mesma!
Olha, um dos meus maiores poderes foi aprender a dizer não, inclusiver a mim, quando percebo q tenho q renunciar a algo, se desejo investir em outro tipo de vida! Temos q nos desfazer do que está emperrando. Então o poder do não é muito grande!
Diante dele, deste não, os novos e verdadeiros SINS, poderão ser ditos!
Obrigada por existir e ser quem vc é!
Um beijaço!
ass.: sua costureira
rs
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