A vida com poesia é mais fácil. Sempre é. Mas antes de fazer minhas considerações acerca da poesia, que para mim é essencial, permitam-me divagar um pouco sobre o tema que me fez chegar a essa conclusão.
Eu sei, como boa adepta da filosofia que sou, que a realidade para nós é simulada. Claro que não atingimos o nível tecnológico - e paranóico - de Matrix, uma ficção, mas a filosofia da coisa é mais ou menos por aí. Vivemos em um mundo que tem dono sim, e esse dono não é o ser onipresente e onipotente que muitos temem (Oh, god!). Ok, tem dono. E aí vem a pergunta que gostaríamos de calar: tem dono, mas quem é ele (ou eles)? E eu que sei? Não faço a mínima idéia. E se fizesse não estaria aqui, agora, nesse exato momento, filosofando sobre as delícias da existência (Portofino é mais). O que importa para mim, e para o que estou querendo desenvolver como idéia, é exatamente o prazer de ter a sapiência de que esse "dono" existe e de poder aceitar esse algo maior. Sim, porque eu já me dou por satisfeita em saber que ele, esse todo poderoso, existe e que provavelmente controla a vida dos bilhares de seres que produzem energia e alimentam as máquinas (quem não assistiu Matrix dançou. Mas tem aqui pra quem quiser saber um pouco mais). É claro que alimentamos a máquina, é evidente! Aliás, o mundo não seria mundo se não estivéssemos aqui, burros de carga a carregar nos ombros o pesado fardo de existir e contribuir para o que porcamente chamamos de desenvolvimento.
Com receio de cair na prolixidade, e não querendo me estender, vou procurar explanar em forma de auto-ajuda (hehehe) o que estou querendo dizer com existência, poesia e matrix:
- somos seres controlados;
- não temos vontade própria e muito menos escolha;
- eu sei que Barack Obama manda porra nenhuma;
- eu sei que o macaco de terno provavelmente não sabe de nada mesmo;
- sei também que cabrestos existem aos montes;
- Sião provavelmente existe, mas só os mais radicais tem acesso;
- é dolorido acordar depois de tantos anos achando que vivia;
- a nausea do Sartre é a mesma que eu sinto a cada vez que saio mais da matrix;
- o vômito do Neo é o meu vômito quando termino de digerir o novo;
- o sol brilha menos quando a gente percebe que faz parte de um emaranhado;
- a gente tem que continuar na levada, porque se não continuar vem a vida e atropela;
- provavelmente eu morreria feliz se não tivesse consciência de tudo isso;
- eu me sinto bem em saber de tudo isso, mesmo me sentindo mal (e isso faz sentido);
- a gente vive em média 70 anos, e isso é muito tempo pra gente passar sofrendo e lamentando;
- uma vez entendida as regras do jogo, o negócio é cair na vida e se esbaldar (da forma que achar mais conveniente);
- e por fim: a vida não teria graça se não houvesse a poesia, pois com ela tudo é menos amargo, e a pílula vermelha desce (muito) mais fácil.
Eu sei, como boa adepta da filosofia que sou, que a realidade para nós é simulada. Claro que não atingimos o nível tecnológico - e paranóico - de Matrix, uma ficção, mas a filosofia da coisa é mais ou menos por aí. Vivemos em um mundo que tem dono sim, e esse dono não é o ser onipresente e onipotente que muitos temem (Oh, god!). Ok, tem dono. E aí vem a pergunta que gostaríamos de calar: tem dono, mas quem é ele (ou eles)? E eu que sei? Não faço a mínima idéia. E se fizesse não estaria aqui, agora, nesse exato momento, filosofando sobre as delícias da existência (Portofino é mais). O que importa para mim, e para o que estou querendo desenvolver como idéia, é exatamente o prazer de ter a sapiência de que esse "dono" existe e de poder aceitar esse algo maior. Sim, porque eu já me dou por satisfeita em saber que ele, esse todo poderoso, existe e que provavelmente controla a vida dos bilhares de seres que produzem energia e alimentam as máquinas (quem não assistiu Matrix dançou. Mas tem aqui pra quem quiser saber um pouco mais). É claro que alimentamos a máquina, é evidente! Aliás, o mundo não seria mundo se não estivéssemos aqui, burros de carga a carregar nos ombros o pesado fardo de existir e contribuir para o que porcamente chamamos de desenvolvimento.
Com receio de cair na prolixidade, e não querendo me estender, vou procurar explanar em forma de auto-ajuda (hehehe) o que estou querendo dizer com existência, poesia e matrix:
- somos seres controlados;
- não temos vontade própria e muito menos escolha;
- eu sei que Barack Obama manda porra nenhuma;
- eu sei que o macaco de terno provavelmente não sabe de nada mesmo;
- sei também que cabrestos existem aos montes;
- Sião provavelmente existe, mas só os mais radicais tem acesso;
- é dolorido acordar depois de tantos anos achando que vivia;
- a nausea do Sartre é a mesma que eu sinto a cada vez que saio mais da matrix;
- o vômito do Neo é o meu vômito quando termino de digerir o novo;
- o sol brilha menos quando a gente percebe que faz parte de um emaranhado;
- a gente tem que continuar na levada, porque se não continuar vem a vida e atropela;
- provavelmente eu morreria feliz se não tivesse consciência de tudo isso;
- eu me sinto bem em saber de tudo isso, mesmo me sentindo mal (e isso faz sentido);
- a gente vive em média 70 anos, e isso é muito tempo pra gente passar sofrendo e lamentando;
- uma vez entendida as regras do jogo, o negócio é cair na vida e se esbaldar (da forma que achar mais conveniente);
- e por fim: a vida não teria graça se não houvesse a poesia, pois com ela tudo é menos amargo, e a pílula vermelha desce (muito) mais fácil.
6 comentários:
Bruna seu experimento acaba de aferir a fusão sapiencia,liberdade,angustia
gostaria de deixar consignado:
"A maioria pensa com a sensibilidade, eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar." Fernando Pessoa
Existe uma força invisível que sabe tudo e controla todos os nossos passos. Ela se chama "Imposto de Renda".
O que você quis dizer com " eu sei que o macaco de terno provavelmente não sabe de nada mesmo" ?
toma uma cerveja gelada que tudo fica poético.
Hahaha, eu apoio a idéia do imposto de renda!
Nada a ver... mas, as suas perguntas... e as possiveis respostas prolixas me fez lembrar de uma poesia chamada " didatica da invensão" de um poeta que eu adoro chamado Manuel de BArros.
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