É vista quando há vento e grande vaga
Ela faz o ninho no rolar da fúria
E voa firme e certa como bala
As suas asas, empresta
à tempestade
Quando os leões do mar rugem nas grutas
Sobre os abismos passa e vai em frente
Ela não busca a rocha, o cabo, o cais
Mas faz da insegurança a sua força
E do risco de morrer, seu alimento
Por isso me parece imagem justa
Para quem vive e canta no mau tempo.Sophia de Mello Breyner Andresen
Um comentário:
Já te disse que eu tenho um bloqueio enorme com poesia?
Recebi tua carta e amei! Estou respondendo, mas acho que demoro uns dias pra mandar!
Bjos
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