domingo, 7 de março de 2010

SEJA QUEM TU ÉS

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DE SER

Há que se ter coragem para encarar os fatos de cara limpa e as conseqüências com dignidade. Há que se ter força para enfrentar as maiores adversidades, as mais cruéis, que a vida pode um dia resolver entregar. Há que se ter brio para admitir equívocos e “injustiças” praticadas de forma arbitrária. Há que se ter simplicidade para alcançar a excelência. Há que se ter caráter para ser responsável por qualquer coisa, mínima que seja. Há que se ter discernimento para enxergar diferenças, e há que se ter respeito para aceitá-las. Há que se ter estômago preparado e forte para praticar a sinceridade com seu próprio eu. Mas há, acima de tudo, que se ter amor, muito amor, para enxergar com clareza o que é a existência e mesmo assim continuar a longa caminhada, na fé de que a vida valerá todos os sacrifícios.

(Publicado aqui mesmo, em 07 de agosto de 2008.)

Ser, ser, ser. A insustentável leveza de ser. Não "do" ser, mas "de" ser. Ser alguém, ser para alguém, ser para você mesmo, ser para o mundo, para a humanidade. Ser e ter consciência de que é alguém, de que faz parte de algo muito maior do que qualquer filosofia pode supor. Ser e ter orgulho de ser. Ser e sentir prazer em ser. Ser e continuar sendo. Nietzsche é dono de uma frase, e que sempre gostei muito, que diz: torna-te quem tu és. Carrego comigo essa afirmação, tão forte... "torna-te quem tu és!". Vista tua armadura e encara a tua guerra, é mais ou menos o que sinto quando penso nela. Hoje, mais do que achar importante me tornar o que sou, penso que "ser o que se é" é a chave da existência. Não apenas tomar consciência e me tornar o que sou, mas colocar em prática esse ser, mostrar a que vim, ter orgulho de saber que mereço estar aqui, e que faço por merecer todos os dias. Praticar meus valores, respeitar meus princípios, ter fé em mim mesma e na vida. Ter fé no que nasce, no que brota, no que frutifica. Nunca acreditei na palavra sucesso. Não gosto de classificar pessoas em bem sucedidas ou mal sucedidas, acho um tanto quanto vago medir o quanto uma pessoa é bem sucedida ou não. Bem ou mal sucedida em quê? Muito vago... Porém, de uns tempos pra cá comecei a pensar que, ok, se tiver que classificar alguém em bem sucedido, eu diria que o sujeito que consegue colocar em prática o seu ser, a sua essência, e que se sente orgulhoso por isso, esse cara é bem sucedido. Independente do que conquistou na vida, em termos materiais, independente se é uma pessoa realizada nas esferas profissional, sentimental, social, etc e tal, independente se é feliz ou não. Se uma pessoa pratica todos os dias o que acredita ser, não tenho dúvidas de que é um exemplo de ser humano. E "ser humano" é o primeiro passo para "ser quem se é".

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