quarta-feira, 30 de junho de 2010

ABRIRAM A TORNEIRINHA


Passei um bom tempo com minha criatividade embotada. Meus blogs, que outrora foram palco de grandes sacadas e algumas briguinhas básicas, nos últimos tempos mais pareciam a arena do Coliseu romano de hoje: está lá, mas só serve de ponto turístico (quer dizer, no máximo serve para apresentações esporádicas de música clássica ou peças teatrais). E era assim que meus blogs estavam: vez em quando passava por aqui alguma coisa interessante.

Acho que todo jornalista/escritor/blogueiro/aventureiro/redator passa por esse tipo de bloqueio. É natural, o cérebro cansa e a gente passa a dispensar energia somente para o que é estritamente necessário. 

Pois bem... não sei se por influência do aniversário ou se por influência do meu momento de vida, eu voltei à ativa. Estou retomando minha velha forma e... ai ai... como é bom poder escrever novamente, assim, livre, com as ideias rolando a mil.

Puxe aí uma cadeira, sirva-se do que melhor lhe convier e fique à vontade!

ps: ainda não retomei a forma para fazer metáforas, por isso a do Coliseu! hahaha

terça-feira, 29 de junho de 2010

DESABAFO ARTÍSTICO

Muito mais do que no ódio sentido por alguém, é na indiferença que o ser humano se ajeita. Sim, porque amor e ódio estão ali, lado a lado. Não há como dizer que odiamos, sem antes amar - chega a ser óbvia a comparação. Ou o caminho inverso: primeiro o ódio mortal, só pra esconder um sentimento bonito, até. Aquela vontade doida de comer a pessoa inteira, engolir, ter dentro da gente e acariciar quando faz dengo. Passionalidade mode on. Natureza humana, quem explica?

Amar o diferente, ou o igual. Amar aquilo que te resgata, que te faz encarar o espelho e ter repulsa, ou vontade de amar mais e mais. Amar o sentimento amor. Amar o estado apaixonado. Amar, simplesmente amar. Ou então odiar o diferente, ou o igual. Odiar aquilo que te resgata, que te faz encarar o espelho e ter repulsa, ou vontade de odiar mais e mais. Odiar o sentimento amor. Amar o sentimento ódio. Odiar o estado apaixonado (e nessa hora vale fazer cara de nojo: bleeeergh!). Odiar, simplesmente odiar.

Pois bem, detectado que o sentimento é o mesmo, e o que muda mesmo é a forma de aplicá-lo, o ser humano tem aí um mar de possibilidades de atuação. Pode ser cínico, dissimulado, irônico, falso, amável, agradável, interesseiro... ou indiferente. E indiferença é a cama quente dos que se sentiram otários em determinadas situações. É na cama da indiferença que essas almas descansam e sonham com dias melhores, ou piores, não importa, mas sonham e buscam por dias, acima de tudo, diferentes dos já vividos.

É por isso que para os indiferentes, mais difícil que passar borracha no coração encardido e apagar inscrições que pareciam "encalacradas" na alma de cada um, mais difícil que apertar a tecla "delete" no teclado de teclas macias do notebook e exterminar com um e-mail da caixa de entrada do outlook e mais difícil que apagar o número da agenda do celular, mais difícil que tudo isso é conseguir identificar até onde um sentimento pode e deve ir, e até onde esse mesmo sentimento pode tomar conta dos seus dias, seus pensamentos, etc. Nesse ponto compactuo com Clarice: pensar é um ato, sentir é um fato.

Hoje sou uma pessoa indiferente, anteontem fui uma pessoa apaixonada, e ontem fui uma pessoa com muito ódio. E se hoje sou indiferente, faço dessa indiferença minha arte. Portanto, não me deseje feliz aniversário. Não quero o seu desejo de feliz aniversário. Não quero o seu desejo de nada. Quero apenas que você seja a pessoa mais feliz do mundo. Apenas isso. Assim como eu quero que o mendigo da esquina de casa encontre um lar, uma cama confortável e uma sopa quente neste inverno.

Se quiser continuar entrando aqui para reproduzir minhas ideias, ou melhor, tentar, porque pra fazer o que faço tem que ter muito tutano, fique à vontade. Os miseráveis sobrevivem de migalhas, os artistas sobrevivem de sua própria arte. E como sou artista, me regozijo com minhas palavras, faço delas meu escudo, me fortaleço na admiração do outro e deixo as migalhas para os fracos de alma e espírito.

É na indiferença que o ser humano se ajeita, mas é na arte que o ser humano se salva.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

28 VOLTAS COMPLETAS AO REDOR DO SOL


Vinte e oito outonos. Vinte e sete bolos (oficiais) de aniversário. Vinte e sete velinhas diferentes. Nove anos brindando com álcool. Duas renovações da carteira de motorista. Dez anos entrando na balada sem precisar falsificar o RG. Três anos comprando Renew. Três anos sentindo falta dos 25. E três anos fazendo contagem regressiva (depressiva?) para os 30. Seis anos de São Paulo. Seis anos de aumentos exponenciais nos cabelos brancos. E seis anos de rinite alérgica. Vinte e oito anos sendo a alegria de mamãe. Vinte e oito anos sendo uma das muitas preocupações de mamãe. E vinte e oito anos sendo a irmã caçula do meu irmão. Quinze anos tomando leite por obrigação. Três anos tomando leite por conta do medo de ter osteoporose. E vinte e oito anos odiando leite. Vinte e sete natais. Vinte e sete reveillons. E vinte e sete vezes a mesma pergunta:  pra que servem estas datas? Três anos sonhando com o príncipe encantado. Cinco anos experimentando os príncipes. E cinco anos correndo deles.

Daqui a pouco será um ano a menos para o retorno de Saturno, vinte e oito bolos (oficiais) de aniversário, vinte e oito velinhas diferentes e dez anos brindando com álcool: Cheers!

Parabéns pra mim!  =)

domingo, 27 de junho de 2010

DIVIDINDO SENSAÇÕES

Não sei quanto a vocês mas, para mim, um final de semana que valeu a pena é quando chego no domingo a noite com um cansaço bom como esse que estou sentindo agora. A voz levemente rouca, aquela sensação de areia nos olhos, o corpo relaxado e a risada dos amigos ainda ecoando no fundo dos ouvidos (e da alma). Nesses dias, respiro aliviada por saber que finais de semana assim podem acontecer sempre, basta que eu escolha que assim sejam.

Planos para o aniversário que acontece na terça-feira (28 aninhos... ai ai... rsrs) para um futuro próximo, para o final de semana no sítio, para a viagem a Minas e, sempre, planos para implementar o simples em minha vida é o que tornam meus dias muito curtos. Às vezes tenho a impressão de que se tivessem 36 horas, ainda assim não conseguiria pensar e planejar e executar tudo o que tenho me proposto. É bom. É muito bom.

Bom, essa é a sensação do final de semana: de leveza e liberdade de alma. Sei que esse post está meio desconexo, mas estou cansada e quis apenas dividir minhas sensações e deixar a seguinte mensagem: algumas situações ruins e desagradáveis acontecem pra nos mostrar que outras boas podem acontecer, basta que a gente deixe tudo fluir com naturalidade. Portanto, pessoas, a ordem da semana é: deixe tudo acontecer com naturalidade, do resto o universo se encarrega.  =)

ps: já ganhei dois presentes de aniversário: um livro de Clarice "Só Para Mulheres" e um dvd do Chico. Ai ai... pessoinha que me presenteou acertou em cheio!  =D  fiquei feliz feliz!

AH! Quase me esqueci: boa semana para todos!


sábado, 26 de junho de 2010

COISA BOA!

Funciona mais ou menos assim: trabalhe a semana todinha no maior stress. Fique muito, muito, muito pilhado, com vontade de mandar todo mundo à piiiiiiii... Depois de passar 5 dias comendo o croissant que o diabo amassou (em homenagem ao time da França que foi desclassificado), chegue em casa na sexta-feira perto das 22 horas e encontre um bando de bestas falando besteira (porque besta SÓ fala besteira). Então, não se faça de rogado e tenha a dignidade de puxar uma cadeira para a roda, pegar um copo da bebida mais forte que tiver disponível e liberar todo o stress compartilhando das baboseiras e, melhor, acrescentando outras mil. O resultado? Isso aqui:



ps: agora só me resta dormir muito bem! rsrs

sexta-feira, 25 de junho de 2010

PODER ESCOLHER

E nessa dança, quero encontrar você
Distraído, querido
Perdido em muitos sorrisos
Sem nenhuma razão de ser



DISTRAÇÃO
(Zélia Duncan)

Se você não se distrai,
o amor não chega
A sua música não toca
O acaso vira espera e sufoca
A alegria vira ansiedade

E quebra o encanto doce
De te surpreender de verdade

Se você não se distrai,
a estrela não cai
O elevador não chega
E as horas não passam
O dia não nasce, a lua não cresce

A paixão vira peste
O abraço, armadilha


Hoje eu vou brincar de ser criança
E nessa dança, quero encontrar você
Distraído, querido
Perdido em muitos sorrisos
Sem nenhuma razão de ser

Se você não se distrai,
Não descobre uma nova trilha
Não dá um passeio
Não rí de você mesmo

A vida fica mais dura
O tempo passa doendo
E qualquer trovão mete medo
Se você está sempre temendo
A fúria da tempestade

Hoje eu vou brincar de ser criança
E nessa dança, quero encontrar você
Distraído, querido
Perdido em muitos sorrisos

Sem nenhuma razão de ser

Olhando o céu, chutando lata
E assoviando Beatles na praça
Olhando o céu, chutando lata

Hoje eu quero encontrar você

quinta-feira, 24 de junho de 2010

BOA NOITE!

A melhor parte das minhas noites de sono tem sido meus sonhos. Desde que comecei a aprender a analisá-los, tenho me deliciado com tudo o que meu inconsciente quer me dizer e me mostra na forma de sonho. Mas só estou conseguindo um contato mais aprofundado com meu inconsciente porque de uns tempos pra cá resolvi dar vazão aos meus desejos. E posso dizer uma coisa: ando desejando coisas/pessoas/lugares/situações que até deus duvidaria.

Mas é bom. Estou me sentindo bem. E agora entendo quando os poetas escrevem sobre os sonhos e o quanto eles são sadios e nos impulsionam.

Pra você que me lê, bons sonhos! =)

FELIZ!


quarta-feira, 23 de junho de 2010

CONCURSO!


Responda à pergunta:

"O mentiroso que acredita na própria mentira e faz dela sua verdade absoluta pode ser classificado como:

a) o melhor dos mentirosos (o cara é o fodão na arte de inventar e dissimular e por isso é o melhor, pois engana até a si próprio);

b) o pior dos mentirosos (no sentido de mais vil e baixo);

c) n.d.a. (o cara é um paspalho completo);

d) ____________ (coloque aqui um adjetivo para o fdp)."


Escolheu sua alternativa? Então agora discorra sobre a sua escolha. As melhores respostas ganharão um presentinho especial!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

LIBERDADE: QUAL É A SUA?


Um sem número de pensadores, poetas, filósofos, compositores, "celebridades" e anônimos defendem a liberdade da maneira que lhe é mais conveniente (ou que lhe fale mais alto, intimamente).

Clarice disse: "Liberdade é pouco, o que eu quero ainda não tem nome". Para Nietzsche a liberdade não era mais do que a "aceitação consciente de um destino necessitante". O homem libertado de qualquer vínculo, senhor de si mesmo e dos outros, o homem desprezador de qualquer verdade estabelecida ou por estabelecer e estar apto para se exprimir a vida, em todos os seus atos. Lya Luft, em sua coluna na Veja, escreveu: "Liberdade não vem de correr atrás de 'deveres' impostos de fora, mas de construir a nossa existência". Fernando Pessoa defendeu que "a liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo".  Einstein inverteu o sentido da palavra: "Não creio, no sentido filosófico do termo, na liberdade do homem. Todos agem não apenas sob um constrangimento exterior mas também de acordo com uma necessidade interior".  E, finalmente, George Orwell escreveu o seguinte: "Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir".

Ando às voltas com o tema, e não é de hoje. Ouço por aí todo o tipo de gente bradar a respeito da tal palavra e com isso fazer dela a sua bandeira. E sim, eu estou inclusa em "todo o tipo de gente". Para mim, liberdade sempre foi poder fazer escolhas. Escolher, renunciar, deixar de escolher (o que também é escolha), mas sempre de forma consciente e que estivesse de acordo com meus princípios e valores. Pois bem... agora, os tempos são outros.

Desde que comecei a fazer análise (saí do café com leite da terapia comum e fui pro topo da "cadeia terapêutica" a fim de exterminar meus fantasmas internos), tenho me sentido uma verdadeira pateta. Rá! Quem me conhece sabe o quanto bati no peito, em toda a minha vida, o quão livre fui e sou (sou?), pois sempre procurei escolher o que melhor me conviesse. O mais engraçado: sempre achei que tudo o que escolhia era de forma consciente. (Pausa para o tapinha nas costas: aê, que engano mais cruel!). Continuo acreditando na liberdade de escolha e não vou discorrer sobre elas. Ou melhor, não vou discorrer sobre o ato de escolher. Uma mente que seja minimamente "livre" sabe que pode (e deve) fazer escolhas diuturnamente.

Hoje, penso o seguinte: mais importante (e mais libertador) do que ter a capacidade de "simplesmente" escolher, é poder viver dessas escolhas e nas escolhas. Claro que nada é imutável, e tudo o que foi escolhido hoje pode ser des-escolhido amanhã. Mas a questão principal é: eu vivo (feliz) nas (e das) minhas escolhas? Tcharãm!

E a partir dessa minha nova visão, comecei a pensar a respeito da qualidade das minhas escolhas e do quanto elas me libertam, ou me aprisionam. Portanto, de uns dias para cá, trago comigo o seguinte: escolher é para todos, viver bem com as escolhas é para uma minoria, mas escolher conscientemente algo, alguém ou alguma situação que nos tornará livre, e não mais escravos vivendo em função dessa escolha,  é para quem tem uma coisa: CORAGEM.

E agora eu lhe pergunto: Coragem: qual é a sua?

sexta-feira, 18 de junho de 2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

SERIA TUDO MUITO MELHOR SE UM DIA ALGUÉM PUDER ME ENTENDER



SEM PALAVRAS
(Móveis Coloniais de Acaju)


Eu sei que nada tenho a dizer,
Mas acabei dizendo sem querer
Palavra bandida!
Sempre arruma um jeito de escapar (hum!)


Seria tudo muito melhor
Se a música falasse por si só
Dá raiva da vida
Nada existe sem classificar (não!)


Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz


Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais


Pensei em mil palavras, e enfim
Nenhuma das palavras coube em mim
Não vejo saída
Como vou dizer sem me calar?


Diria mudo tudo o que faz
Minha vida andar de frente para trás
Uma frase perdida
Num discurso feito de olhar


Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz


Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais


Não é medo, nem é riso
Não é raso, não é pouco, nem é oco
Não é fato, nem é mito
Não é raro, não é tolo, não é louco
Não é isso, não é rouco
Não é fraco, não é dito, não é morto
Não, não, não, não!


Eu sei que nada tenho a dizer
Pensei em mil palavras, e enfim
Seria tudo muito melhor
Pensei
Seria
Se um dia alguém puder me entender

segunda-feira, 14 de junho de 2010

MORTE

As pessoas morrem, fisicamente falando. O corpo padece, a alma se cansa e elas simplesmente se vão. Para quem vai embora dessa vida, a morte acaba sendo um alívio, pois em muitos casos significa o cessar de dor e sofrimento. Para quem fica e não está preparado (quem está, afinal?) a morte significa lacuna. Não tenho muito o que dizer sobre a morte, e apesar de nos últimos dois anos ter perdido pessoas queridas, esse ainda me parece um tema obscuro. Quando somos mais jovens, a morte é assunto distante. Um ou outro amigo acaba morrendo, mas encaramos como coisas da vida (mais por conta da negligência de quem se foi do que pela natureza em si). Agora, aos quase 30 anos de existência, vejo que as pessoas que perdi nos últimos tempos se foram por conta da ação da natureza. Meu pai, minha avó e agora uma amiga muito querida. Acho que nem tenho muito o que escrever, é só um desabafo mesmo.

Hoje minha lacuna está um pouquinho maior. Que deus a tenha.

domingo, 13 de junho de 2010

sexta-feira, 11 de junho de 2010

ME LIBERTEI DAQUELA VIDA VULGAR...



AGORA SÓ FALTA VOCÊ
(Rita Lee e Luís Sérgio)

Um belo dia resolvi mudar
E fazer tudo o que eu queria fazer
Me libertei daquela vida vulgar
Que eu levava estando junto à você
E em tudo o que eu faço
Existe um porquê
Eu sei que eu nasci
Sei que eu nasci pra saber
Pra saber o quê?

E fui andando sem pensar em mudar
E sem ligar pro que me aconteceu
Um belo dia vou lhe telefonar
Pra lhe dizer que aquele sonho cresceu
No ar que eu respiro
Eu sinto prazer
De ser quem eu sou
De estar onde estou

Agora só falta você
Agora só falta você
Agora só falta você
Agora só falta...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

SANTA PACIÊNCIA

Assistam, é muito bom!


(Santa Antônio era um intelectual!!! eu queria saber quem foi a filha da puta da encalhada que inventou que ele era casamenteiro!?!?) - dica pras encalhadas que fodem com a vida de Santo Antônio... kkkk

REFORMA NO GUARDA ROUPAS

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo,
e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares."

Fernando Pessoa

quarta-feira, 9 de junho de 2010

CONSTATAÇÃO

"Amor não é disputa nem conquista... é escolha."

Mas a constatação não é minha, é de uma amiga. De qualquer forma, está valendo!

terça-feira, 8 de junho de 2010

EU E O OZZY


JUNHO!

Esse é o meu mês preferido... e nada como uma música pra homenagear
o mês e o signo (que é o meu também) na voz da minha xará! rsrs



Signo de Câncer
(Bruna Caram)

Mês de junho
Qual é seu nome eu sei
Tempo de frio prazer
O mesmo nome hei de ter

Frio que rasga os lábios meus
Ser cria de um sábio...

Mês de junho
Tempo de festas quintais
Temos os signos iguais
Sonhos e planos reais

Ser que morde os lábios meus
Ventos que trazem presságios de um...

Mês de junho
Qual é seu nome eu sei
Tempo de frio prazer
O mesmo nome hei de ter

segunda-feira, 7 de junho de 2010

EM CRISE COM SÃO PAULO

Preciso fazer um desabafo grave, urgente e dolorido: estou cansada de São Paulo. Can-sa-da. Muita correria, muito stress, pouco tempo pra fazer uma série de coisas, muita poluição, muita alergia, muita gente nada a ver, muito dinheiro pra poucos e pouco dinheiro pra muitos, muito cabelo branco (em mim), enfim... é cansaço mesmo. E como sou uma pessoa que, quando se cansa, dá guinadas, estou pensando seriamente em dar mais uma. Mudar de cidade, outra capital - claro, porém mais ensolarada, menos barulhenta, com menos poluição, com menos opções - eu sei, mas com o plus das opções serem mais acessíveis e igualmente prazerosas, com mais beleza natural, mais verde e mais gente boa e "de boa". Sim, em Sampa existem pessoas maravilhosas, e os paulistanos costumam ser ótimos - isso não é ironia - mas é que, ultimamente, todas as pessoas boas e de boa com quem convivo são de fora da cidade e os paulistanos de verdade que podem ser tidos como "ótimos" eu conto nos dedos.

Enfim, o que eu quero: poder acordar de manhã, tranquilamente, e simplesmente TER TEMPO para correr os 6 km diários a que estava acostumada. E quero chegar em casa antes das 20 horas. E quero poder ver o por do sol, sentada em uma pedra, sem me preocupar se serei assaltada, ou se preciso voltar correndo para o trabalho. Quero não ter mais sinusite, nem rinite, nem tosse alérgica, nem pedra no rim, nem gastrite por conta de stress, nem nada que esteja relacionado a doenças por conta de vida sedentária e emocionalmente instável. Quero morar em uma casa com quintal e criar meus bichos, cultivar minhas plantinhas, alguns temperos, muitas flores... Quero programar uma tarde com amigos e todos eles conseguirem chegar ao destino, sem ter que me preocupar se o local escolhido é inviável por conta do trânsito (infernal) que o permeia. Ah, e as buzinas?!... meu deus, como quero me livrar dessas malditas! E também do barulho de gente que toma cerveja e faz arruaça na porta do meu prédio as 5 da manhã de uma segunda-feira. Ah, e quero urgente me livrar desses engomadinhos idiotas, que se acham os mais cool, as últimas pepsi twist light do deserto, os reis da cocada preta e mais um sem-número de nomes que usam para classificar esse pessoal hypado e detentor das opiniões mais célebres e brilhantes dos últimos tempos!

Tá, eu abro mão da comodidade que é ter uma padoca 24 horas na esquina de casa, das madrugadas na Paulista, de todo o cinema alternativo (que às vezes nem frequento como gostaria por falta de tempo e/ou grana), da vista maravilhosa que tem o meu apartamento, da possibilidade de assistir a um show internacional que só será apresentado aqui, da deselegância discreta das putas da Augusta que deveriam me inspirar, mas só fazem me dar risada, dos milhares de restaurantes interessantes e bacanas e descolados e diferentes, e, finalmente, de saber que São Paulo detém as portas que nos abrem o resto do mundo. Sim, eu sei de tudo o que estarei perdendo. Sei que perco a Vila Madalena e suas ladeiras, o Higienópolis e os judeus engraçadinhos que, aos sábados, andam com aquele chapéuzinho (eu não sei o nome, ok?), perco o parque do Ibirapuera e aquele gramado bom pra tomar um solzinho de outono... Os shoppings eu faço questão de perder, mas tenho pena de perder os brechós engraçados e os sebos cada vez maiores e melhores. Ai... que dor no coração... acabo de perder a Livraria Cultura e seus pufes, seus atendentes maravilhosos, seu acervo gigantesco e toda a cultura que respiro quando coloco os pés naquele tapete de quadrados grandes. Ai ai...

Perco tantas coisas... e ganho outras mil. Perdas e ganhos, escolhas e renúncias.

Ainda não me decidi a capital, e nem quando (e se) me mudo. Estou entre duas cidades - no Sudeste, claro, e vou começar a colocar na ponta do lápis os prós e contras. Por enquanto, vou percebendo e tateando o sentido que faz eu ainda morar aqui, se ainda tem algum, ou se posso (e tenho disposição) para criar novos. Por enquanto vou desabafando e aceitando sugestões, seja de outras cidades legais para morar, seja de pontos de vista que Sampa ainda compensa o esforço.

Enfim... é só um desabafo e um esboço dos meus planos.

CHICO BUARQUE DAY



FAÇAMOS (vamos amar)
Chico Buarque e Elza Soares

Os cidadãos no Japão fazem
Lá na China um bilhão fazem
Façamos, vamos amar

Os espanhóis, os lapões fazem
Lituanos e letões fazem
Façamos, vamos amar

Os alemães em Berlim fazem
E também lá em Bonn
Em Bombaim fazem
Os hindus acham bom

Nisseis, níqueis e sansseis fazem
Lá em São Francisco muitos gays fazem
Façamos, vamos amar

Os rouxinóis nos saraus fazem
Picantes pica-paus fazem
Façamos, vamos amar

Uirapurus no Pará fazem
Tico-ticos no fubá fazem
Façamos, vamos amar

Chinfrins, galinhas afim fazem
E jamais dizem não
Corujas sim fazem, sábias como elas são

Muitos perus todos nus fazem
Gaviões, pavões e urubus fazem
Façamos, vamos amar

Dourados no Solimões fazem
Camarões em Camarões fazem
Façamos, vamos amar

Piranhas só por fazer fazem
Namorados por prazer fazem
Façamos, vamos amar

Peixes elétricos bem fazem
Entre beijos e choques
Cações também fazem
Sem falar nos hadoques

Salmões no sal, em geral, fazem
Bacalhaus no mar em
Portugal fazem
Façamos, vamos amar

Libélulas em bambus fazem
Centopéias sem tabus fazem
Façamos, vamos amar

Os louva-deuses com fé fazem
Dizem que bichos de pé fazem
Façamos, vamos amar

As taturanas também fazem
com um ardor incomum
Grilos meu bem fazem
E sem grilo nenhum

Com seus ferrões os zangões fazem
Pulgas em calcinhas e calções fazem
Façamos, vamos amar

Tamanduás e tatus fazem
Corajosos cangurus fazem
Façamos, vamos amar

(Vem com a mãe)

Coelhos só e tão só fazem
Macaquinhos no cipó fazem
Façamos, vamos amar

Gatinhas com seus gatões fazem
Tantos gritos de ais
Os garanhões fazem
Esses fazem demais

Leões ao léu, sob o céu, fazem
Ursos lambuzando-se no mel fazem
Façamos, vamos amar
Façamos, vamos amar

sexta-feira, 4 de junho de 2010

TODO SER HUMANO PODE SER (MAS NEM SEMPRE É) UM ANJO

Música para a alma e ouvidos...

É de imaginar bobagem
quando a gente liga na televisão
toda dor repousa na vontade
todo amor encontra sempre a solidão

todos os encontros todos os poemas
manda me avisar

todos os embates todos os dilemas
manda me avisar
manda me avisar eu sei
todo ser humano
pode ser um anjo